À medida que os conflitos geopolíticos se intensificam e os orçamentos militares atingem recordes, como devemos aproveitar os benefícios deste ciclo na indústria de defesa? Em vez de seguir cegamente a tendência, é melhor compreender a lógica fundamental das ações do setor de defesa.
Por que agora devemos focar nas ações de defesa
Os conflitos militares atuais diferem das antigas táticas de guerra de multidões. Tecnologias como guerra de informação, drones e mísseis de precisão tornaram-se essenciais para a vitória, impulsionando diretamente os gastos militares de diversos países. China, EUA, Taiwan e outros países ao redor do mundo aumentaram significativamente seus orçamentos de defesa nos últimos dois anos, e essa tendência provavelmente continuará no curto prazo.
Em um contexto de diminuição da natalidade, a substituição de mão de obra por tecnologia tornou-se uma escolha comum. Funcionalidades que antes exigiam grandes exércitos podem agora ser alcançadas com armas avançadas, o que melhora as perspectivas de pedidos para empresas de defesa.
Critérios essenciais para selecionar ações do setor de defesa
Investir em ações de defesa não deve se limitar a conceitos ou ideias, é fundamental analisar alguns indicadores-chave:
Proporção de receita de defesa é o primeiro filtro. Se uma empresa tem menos de 30% de receita proveniente de negócios militares, e o restante de produtos civis, os benefícios das políticas de defesa terão impacto limitado no preço das ações. Exemplos típicos de exceções são Raytheon e Boeing — embora seus pedidos militares cresçam de forma estável, problemas no setor civil causaram quedas abruptas no valor das ações.
Adequação às demandas futuras também é crucial. Com a redução do número de tropas, a importância da tecnologia aumenta. Enquanto os pedidos relacionados ao exército podem desacelerar, a demanda por forças aéreas, navais e de guerra cibernética continuará a crescer. Escolher o setor certo garante maior potencial de crescimento.
Mapa de investimentos em ações de defesa dos EUA
Lockheed Martin (LMT): líder puro do setor de defesa
A Lockheed Martin é a maior empresa mundial de defesa, com produtos que incluem aviões, mísseis e satélites. Mais de 90% de sua receita vem do setor militar, tornando-se uma ação altamente especializada.
Do ponto de vista técnico, a empresa detém várias patentes de defesa de nível nacional, com barreiras de entrada extremamente altas e uma vantagem competitiva difícil de superar. A longo prazo, o preço das ações tende a subir de forma estável, com quedas ocasionais devido a ajustes de mercado, sem afetar seus fundamentos. Para investidores buscando exposição de longo prazo ao setor de defesa, é uma escolha prioritária.
Northrop Grumman (NOC): especialista em radares e espaço
A quarta maior fabricante de defesa global e maior produtora de radares, a Northrop Grumman atua fortemente em dissuasão estratégica, com foco em espaço, mísseis e comunicações. Seus lucros são sólidos, com dividendos crescendo há 18 anos consecutivos, além de realizar recompras de ações para proteger os interesses dos acionistas.
Enquanto as preocupações globais com segurança nacional persistirem, mesmo sem guerras abertas, os países continuarão a aumentar seus investimentos em defesa. Assim, a Northrop Grumman oferece uma perspectiva de investimento de longo prazo com alta confiabilidade.
General Dynamics (GD): guardião de fluxo de caixa estável
A General Dynamics é uma das cinco maiores fornecedoras de armas dos EUA, atuando em forças terrestres, marítimas e aéreas. Curiosamente, sua divisão civil (como jatos executivos Gulfstream) apresenta receitas relativamente resistentes às oscilações econômicas, contribuindo para maior estabilidade geral.
Mesmo durante a crise financeira de 2008 e a pandemia de 2020, seus lucros permaneceram relativamente estáveis, demonstrando sua vantagem competitiva. Com dividendos crescidos por 32 anos consecutivos — uma honra de apenas 30 empresas nos EUA —, ela é uma opção de investimento de renda confiável, mesmo com potencial de crescimento limitado.
Raytheon (RTX) e Boeing (BA): aguardando liberação de riscos
Ambas enfrentam dificuldades no setor civil. A Raytheon está envolvida em processos judiciais devido a problemas com componentes de aviões, e nos próximos anos enfrentará custos elevados de inspeções e manutenção. A Boeing foi duramente atingida pelos acidentes do 737 MAX e pela pandemia, além de competir com aviões comerciais chineses.
Embora seus pedidos militares continuem crescendo, atualmente não são os melhores momentos para compra. Quando os riscos forem gradualmente resolvidos e o mercado reprecificar suas ações, poderá ser uma oportunidade de entrada mais favorável.
Caterpillar (CAT): limite do conceito de defesa
Tecnicamente, a Caterpillar tem menos de 30% de receita proveniente de defesa, sendo sua maior fonte de receita o setor de equipamentos industriais. Se a reconstrução pós-guerra impulsionar a demanda por infraestrutura, a empresa poderá se beneficiar. Assim, ela funciona mais como uma ação de conceito de defesa do que uma verdadeira ação de defesa pura, com desempenho que depende do ciclo de investimentos governamentais globais.
Oportunidades de investimento em ações de defesa em Taiwan
O Estreito de Taiwan é um foco de atenção global, com os orçamentos militares de ambos os lados atraindo interesse. O Ministério da Defesa de Taiwan aumentou suas compras recentemente, criando oportunidades para empresas locais de defesa.
雷虎科技 (8033.TW) é um exemplo de beneficiária. De fabricante de modelos controlados remotamente, passou a líder em drones, com forte valorização em 2022. Com a demanda por drones militares crescendo, a empresa merece acompanhamento contínuo.
漢翔 (2634.TW) possui um modelo de negócios mais resiliente. Atua no desenvolvimento de treinadores militares e também na manutenção de aviões civis. Diferentemente da Raytheon e Boeing, que enfrentam dificuldades por depender de uma única marca, a diversificação da Hanxiang na manutenção oferece fluxo de caixa estável. Desde que a demanda por aviação civil permaneça forte, a empresa continuará a se beneficiar.
Estrutura lógica para investir em ações de defesa
Warren Buffett afirmou que um bom investimento requer três elementos: uma pista longa o suficiente, uma barreira de proteção profunda e uma bola de neve bem molhada. As ações de defesa atendem exatamente a esses critérios.
A pista nunca se apaga — na história da civilização, conflitos nunca cessaram. A demanda por forças armadas é contínua, e o ciclo de vida dessa indústria é muito mais longo do que o de negócios comuns.
Barreiras de proteção profundas — tecnologias de defesa geralmente lideram as civis por duas décadas. As tecnologias mais avançadas estão em laboratórios e unidades militares, e o setor civil só as adquire após atualizações militares. Além disso, a entrada é extremamente difícil, e a confiança leva décadas para ser construída. Empresas líderes têm relações estreitas com o departamento de defesa, dificultando sua substituição.
Dinâmica de crescimento certa — o mundo entrou na era da política regional, com maior risco de conflitos. A política “Fazer a Indústria Voltar aos EUA” do governo Trump simboliza uma reversão na globalização, com países aumentando seus orçamentos militares como estratégia de defesa. No curto prazo, é improvável uma redução massiva nas forças armadas, tornando o crescimento do setor de defesa relativamente garantido.
Últimos alertas na seleção de ações
Embora as ações de defesa tenham potencial de investimento de longo prazo, nem todas as empresas rotuladas como “defesa” valem a pena. Antes de investir, é essencial analisar a proporção de receita militar, a saúde do setor civil e as vantagens tecnológicas.
Exemplos como Raytheon e Boeing nos alertam que o aumento de pedidos militares não garante alta no preço das ações. Quedas no setor civil, processos judiciais ou forte concorrência podem anular os benefícios do setor de defesa.
Por outro lado, empresas de defesa genuínas (como Lockheed Martin, Northrop Grumman) ou com estrutura de negócios estável (como General Dynamics, Hanxiang) são opções mais seguras. Uma avaliação cuidadosa de sua situação financeira, tendências do setor, fatores geopolíticos e mudanças no mercado civil é fundamental para uma decisão de investimento inteligente.
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Como escolher ações do setor de defesa? Lógica de investimento no contexto do cenário global
À medida que os conflitos geopolíticos se intensificam e os orçamentos militares atingem recordes, como devemos aproveitar os benefícios deste ciclo na indústria de defesa? Em vez de seguir cegamente a tendência, é melhor compreender a lógica fundamental das ações do setor de defesa.
Por que agora devemos focar nas ações de defesa
Os conflitos militares atuais diferem das antigas táticas de guerra de multidões. Tecnologias como guerra de informação, drones e mísseis de precisão tornaram-se essenciais para a vitória, impulsionando diretamente os gastos militares de diversos países. China, EUA, Taiwan e outros países ao redor do mundo aumentaram significativamente seus orçamentos de defesa nos últimos dois anos, e essa tendência provavelmente continuará no curto prazo.
Em um contexto de diminuição da natalidade, a substituição de mão de obra por tecnologia tornou-se uma escolha comum. Funcionalidades que antes exigiam grandes exércitos podem agora ser alcançadas com armas avançadas, o que melhora as perspectivas de pedidos para empresas de defesa.
Critérios essenciais para selecionar ações do setor de defesa
Investir em ações de defesa não deve se limitar a conceitos ou ideias, é fundamental analisar alguns indicadores-chave:
Proporção de receita de defesa é o primeiro filtro. Se uma empresa tem menos de 30% de receita proveniente de negócios militares, e o restante de produtos civis, os benefícios das políticas de defesa terão impacto limitado no preço das ações. Exemplos típicos de exceções são Raytheon e Boeing — embora seus pedidos militares cresçam de forma estável, problemas no setor civil causaram quedas abruptas no valor das ações.
Adequação às demandas futuras também é crucial. Com a redução do número de tropas, a importância da tecnologia aumenta. Enquanto os pedidos relacionados ao exército podem desacelerar, a demanda por forças aéreas, navais e de guerra cibernética continuará a crescer. Escolher o setor certo garante maior potencial de crescimento.
Mapa de investimentos em ações de defesa dos EUA
Lockheed Martin (LMT): líder puro do setor de defesa
A Lockheed Martin é a maior empresa mundial de defesa, com produtos que incluem aviões, mísseis e satélites. Mais de 90% de sua receita vem do setor militar, tornando-se uma ação altamente especializada.
Do ponto de vista técnico, a empresa detém várias patentes de defesa de nível nacional, com barreiras de entrada extremamente altas e uma vantagem competitiva difícil de superar. A longo prazo, o preço das ações tende a subir de forma estável, com quedas ocasionais devido a ajustes de mercado, sem afetar seus fundamentos. Para investidores buscando exposição de longo prazo ao setor de defesa, é uma escolha prioritária.
Northrop Grumman (NOC): especialista em radares e espaço
A quarta maior fabricante de defesa global e maior produtora de radares, a Northrop Grumman atua fortemente em dissuasão estratégica, com foco em espaço, mísseis e comunicações. Seus lucros são sólidos, com dividendos crescendo há 18 anos consecutivos, além de realizar recompras de ações para proteger os interesses dos acionistas.
Enquanto as preocupações globais com segurança nacional persistirem, mesmo sem guerras abertas, os países continuarão a aumentar seus investimentos em defesa. Assim, a Northrop Grumman oferece uma perspectiva de investimento de longo prazo com alta confiabilidade.
General Dynamics (GD): guardião de fluxo de caixa estável
A General Dynamics é uma das cinco maiores fornecedoras de armas dos EUA, atuando em forças terrestres, marítimas e aéreas. Curiosamente, sua divisão civil (como jatos executivos Gulfstream) apresenta receitas relativamente resistentes às oscilações econômicas, contribuindo para maior estabilidade geral.
Mesmo durante a crise financeira de 2008 e a pandemia de 2020, seus lucros permaneceram relativamente estáveis, demonstrando sua vantagem competitiva. Com dividendos crescidos por 32 anos consecutivos — uma honra de apenas 30 empresas nos EUA —, ela é uma opção de investimento de renda confiável, mesmo com potencial de crescimento limitado.
Raytheon (RTX) e Boeing (BA): aguardando liberação de riscos
Ambas enfrentam dificuldades no setor civil. A Raytheon está envolvida em processos judiciais devido a problemas com componentes de aviões, e nos próximos anos enfrentará custos elevados de inspeções e manutenção. A Boeing foi duramente atingida pelos acidentes do 737 MAX e pela pandemia, além de competir com aviões comerciais chineses.
Embora seus pedidos militares continuem crescendo, atualmente não são os melhores momentos para compra. Quando os riscos forem gradualmente resolvidos e o mercado reprecificar suas ações, poderá ser uma oportunidade de entrada mais favorável.
Caterpillar (CAT): limite do conceito de defesa
Tecnicamente, a Caterpillar tem menos de 30% de receita proveniente de defesa, sendo sua maior fonte de receita o setor de equipamentos industriais. Se a reconstrução pós-guerra impulsionar a demanda por infraestrutura, a empresa poderá se beneficiar. Assim, ela funciona mais como uma ação de conceito de defesa do que uma verdadeira ação de defesa pura, com desempenho que depende do ciclo de investimentos governamentais globais.
Oportunidades de investimento em ações de defesa em Taiwan
O Estreito de Taiwan é um foco de atenção global, com os orçamentos militares de ambos os lados atraindo interesse. O Ministério da Defesa de Taiwan aumentou suas compras recentemente, criando oportunidades para empresas locais de defesa.
雷虎科技 (8033.TW) é um exemplo de beneficiária. De fabricante de modelos controlados remotamente, passou a líder em drones, com forte valorização em 2022. Com a demanda por drones militares crescendo, a empresa merece acompanhamento contínuo.
漢翔 (2634.TW) possui um modelo de negócios mais resiliente. Atua no desenvolvimento de treinadores militares e também na manutenção de aviões civis. Diferentemente da Raytheon e Boeing, que enfrentam dificuldades por depender de uma única marca, a diversificação da Hanxiang na manutenção oferece fluxo de caixa estável. Desde que a demanda por aviação civil permaneça forte, a empresa continuará a se beneficiar.
Estrutura lógica para investir em ações de defesa
Warren Buffett afirmou que um bom investimento requer três elementos: uma pista longa o suficiente, uma barreira de proteção profunda e uma bola de neve bem molhada. As ações de defesa atendem exatamente a esses critérios.
A pista nunca se apaga — na história da civilização, conflitos nunca cessaram. A demanda por forças armadas é contínua, e o ciclo de vida dessa indústria é muito mais longo do que o de negócios comuns.
Barreiras de proteção profundas — tecnologias de defesa geralmente lideram as civis por duas décadas. As tecnologias mais avançadas estão em laboratórios e unidades militares, e o setor civil só as adquire após atualizações militares. Além disso, a entrada é extremamente difícil, e a confiança leva décadas para ser construída. Empresas líderes têm relações estreitas com o departamento de defesa, dificultando sua substituição.
Dinâmica de crescimento certa — o mundo entrou na era da política regional, com maior risco de conflitos. A política “Fazer a Indústria Voltar aos EUA” do governo Trump simboliza uma reversão na globalização, com países aumentando seus orçamentos militares como estratégia de defesa. No curto prazo, é improvável uma redução massiva nas forças armadas, tornando o crescimento do setor de defesa relativamente garantido.
Últimos alertas na seleção de ações
Embora as ações de defesa tenham potencial de investimento de longo prazo, nem todas as empresas rotuladas como “defesa” valem a pena. Antes de investir, é essencial analisar a proporção de receita militar, a saúde do setor civil e as vantagens tecnológicas.
Exemplos como Raytheon e Boeing nos alertam que o aumento de pedidos militares não garante alta no preço das ações. Quedas no setor civil, processos judiciais ou forte concorrência podem anular os benefícios do setor de defesa.
Por outro lado, empresas de defesa genuínas (como Lockheed Martin, Northrop Grumman) ou com estrutura de negócios estável (como General Dynamics, Hanxiang) são opções mais seguras. Uma avaliação cuidadosa de sua situação financeira, tendências do setor, fatores geopolíticos e mudanças no mercado civil é fundamental para uma decisão de investimento inteligente.