O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou em meados de dezembro os dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de novembro de 2025. Este relatório foi bastante aguardado, pois foi o primeiro indicador completo de inflação após o shutdown do governo em outubro. Os resultados foram interessantes — a inflação geral realmente ficou abaixo do esperado, mas os próprios dados apresentam várias questões.
**Números parecem bons, mas os detalhes são dolorosos**
A taxa de aumento anual do CPI de novembro ficou em 2,7%, quebrando a expectativa de cerca de 3% do mercado. Em comparação com 3,0% de setembro, houve uma queda. O CPI núcleo (excluindo alimentos e energia) também ficou em 2,6%, indicando sinais de desaceleração.
Porém, há um ponto delicado — devido ao fato de que o CPI de outubro não pôde ser totalmente coletado por causa do shutdown, o relatório de novembro não incluiu dados de variação mensal (MoM). Sem a referência do mês anterior, mesmo com a redução na taxa anual, fica difícil determinar se os preços realmente estão em tendência de queda ou se é apenas uma mudança na metodologia estatística. Em outras palavras, trata-se mais de uma “fotografia incompleta da inflação” do que de uma continuidade de tendência coerente.
**Dados oficiais estão esfriando, mas seu bolso não sente isso**
Embora o CPI indique uma desaceleração da inflação, o problema é que os níveis de preços ainda estão muito acima da meta de 2% estabelecida pelo Federal Reserve. Na prática, essa melhora não é tão perceptível:
Custos de energia e transporte continuam elevando o índice geral. Aluguéis, saúde e diversos serviços permanecem bastante rígidos, sem sinais de queda. A pressão sobre os custos diários de alimentação, deslocamento e vida não diminuiu na mesma proporção que o CPI.
Para os investidores, isso significa que o espaço para cortes de juros pelo Federal Reserve pode não ser tão amplo quanto se imagina. A inflação está no caminho, mas ainda não saiu completamente de cena.
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BearMarketSurvivor
· 12-18 15:51
Os dados são bonitos, mas a falta de uma comparação mês a mês é como perder o comandante na linha de abastecimento — você não sabe realmente o que está acontecendo na frente. 2,7% contra 2%, ainda há um longo caminho pela frente, não se deixe cegar pelo rebote.
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ColdWalletAnxiety
· 12-18 15:49
Dados incompletos voltam a enganar, essa CPI de merda eu realmente não acredito.
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Números parecem bons, mas para que serve isso, a carteira de compras ainda está encolhendo.
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Mais uma vez, snapshot incompleto, mais uma vez, metodologia estatística, ou seja, é só uma manipulação de dados.
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Espere aí, então a verdadeira inflação não diminuiu? Os preços ainda estão iguais?
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O Federal Reserve ainda quer continuar cortando as taxas, agora ficou complicado, né.
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Aluguel e saúde continuam pegando firme, esses dados de inflação são só papel.
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A paralisação do governo deixou os dados incompletos, agora tudo parece uma tentativa de enganar.
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Dados de MoM de outubro estão ausentes, que sentido faz usar esse relatório como referência...
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Inflação a caminho? Sério mesmo, não sinto nada.
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Core CPI 2.6%, ainda longe da meta de 2%, vai precisar diminuir mais.
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StillBuyingTheDip
· 12-18 15:28
Os dados são bonitos, mas sem uma referência de outubro, não têm muita utilidade, parece que estamos a ver um relatório de produtos defeituosos.
De verdade, a carteira é que é mais honesta, os preços não baixaram quase nada.
Embora o CPI tenha ficado um pouco melhor, o espaço para redução de juros ainda é muito apertado.
Isto é típico de "parece bem, mas na verdade é igual".
Faltam os dados de variação mensal, para ser honesto, este relatório está um pouco fraco.
Por que parece que os números oficiais e o custo de vida não têm nada a ver?
O Federal Reserve deve estar também bastante constrangido, provavelmente ainda vai ter que esperar para cortar juros.
Os custos fixos como aluguel e saúde simplesmente não conseguem diminuir, por mais que o CPI pareça bom, não adianta.
Os dados estão incompletos, como tomar decisões de investimento assim?
Resumindo, a inflação é só trocar de roupa e continuar a fingir, temos que continuar com o DCA, né?
O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou em meados de dezembro os dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de novembro de 2025. Este relatório foi bastante aguardado, pois foi o primeiro indicador completo de inflação após o shutdown do governo em outubro. Os resultados foram interessantes — a inflação geral realmente ficou abaixo do esperado, mas os próprios dados apresentam várias questões.
**Números parecem bons, mas os detalhes são dolorosos**
A taxa de aumento anual do CPI de novembro ficou em 2,7%, quebrando a expectativa de cerca de 3% do mercado. Em comparação com 3,0% de setembro, houve uma queda. O CPI núcleo (excluindo alimentos e energia) também ficou em 2,6%, indicando sinais de desaceleração.
Porém, há um ponto delicado — devido ao fato de que o CPI de outubro não pôde ser totalmente coletado por causa do shutdown, o relatório de novembro não incluiu dados de variação mensal (MoM). Sem a referência do mês anterior, mesmo com a redução na taxa anual, fica difícil determinar se os preços realmente estão em tendência de queda ou se é apenas uma mudança na metodologia estatística. Em outras palavras, trata-se mais de uma “fotografia incompleta da inflação” do que de uma continuidade de tendência coerente.
**Dados oficiais estão esfriando, mas seu bolso não sente isso**
Embora o CPI indique uma desaceleração da inflação, o problema é que os níveis de preços ainda estão muito acima da meta de 2% estabelecida pelo Federal Reserve. Na prática, essa melhora não é tão perceptível:
Custos de energia e transporte continuam elevando o índice geral. Aluguéis, saúde e diversos serviços permanecem bastante rígidos, sem sinais de queda. A pressão sobre os custos diários de alimentação, deslocamento e vida não diminuiu na mesma proporção que o CPI.
Para os investidores, isso significa que o espaço para cortes de juros pelo Federal Reserve pode não ser tão amplo quanto se imagina. A inflação está no caminho, mas ainda não saiu completamente de cena.