Investing.com -- O mercado de obrigações pode estar a sinalizar uma economia dos EUA "quente", de acordo com o Sevens Report, que apontou para o forte movimento no spread "Notas sobre Obrigações" (NOB) este ano.
A empresa explicou que o spread, que mede a diferença de rendimento entre os Treasuries a 30 anos e a 10 anos, subiu de 19 pontos base em janeiro para mais de 63 pontos base este mês, o mais alto desde agosto de 2021, quando a inflação estava acima de 5%.
"O ponto é que o spread NOB subiu para um nível que não se via desde que a inflação estava a disparar e isso deve chamar a atenção das pessoas," escreveu Sevens.
O relatório destacou dois principais motores. Primeiro, a pressão política sobre o Federal Reserve para cortar taxas.
“Se o Fed for visto como cedendo à pressão da administração e reduzindo as taxas prematuramente para agradar à Casa Branca, corre o risco de a inflação se tornar mais enraizada na economia,” disse Sevens.
Em segundo lugar, as tarifas podem provar ser mais persistentes do que se assumiu, de acordo com a Sevens. "Outras empresas que não são diretamente afetadas pelas tarifas podem usar as tarifas como uma desculpa para aumentar os preços," acrescentou.
Na prática, um maior spread NOB sugere dois possíveis resultados. Um é uma economia "quente", marcada por um sólido crescimento e elevada inflação.
“Neste ambiente, o manual para a euforia do Trumponomics deverá ter um desempenho superior,” notou Sevens, citando pequenas empresas, setores cíclicos e índices de peso igual como prováveis beneficiários.
O outro cenário é menos favorável. Se o spread continuar a alargar-se, isso pode sinalizar "uma surpresa inflacionária positiva, que poderia resultar em expectativas de cortes de taxas drasticamente reduzidas." Isso, alertou o relatório, ameaçaria o rally das ações apoiado em apostas de afrouxamento da Fed.
“Com os dados atuais, a mensagem do NOB sugere mais uma economia ‘em alta’, pelo menos nos próximos meses,” concluiu Sevens.
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A economia dos EUA está atualmente 'demasiado aquecida'?
Investing.com -- O mercado de obrigações pode estar a sinalizar uma economia dos EUA "quente", de acordo com o Sevens Report, que apontou para o forte movimento no spread "Notas sobre Obrigações" (NOB) este ano.
A empresa explicou que o spread, que mede a diferença de rendimento entre os Treasuries a 30 anos e a 10 anos, subiu de 19 pontos base em janeiro para mais de 63 pontos base este mês, o mais alto desde agosto de 2021, quando a inflação estava acima de 5%.
"O ponto é que o spread NOB subiu para um nível que não se via desde que a inflação estava a disparar e isso deve chamar a atenção das pessoas," escreveu Sevens.
O relatório destacou dois principais motores. Primeiro, a pressão política sobre o Federal Reserve para cortar taxas.
“Se o Fed for visto como cedendo à pressão da administração e reduzindo as taxas prematuramente para agradar à Casa Branca, corre o risco de a inflação se tornar mais enraizada na economia,” disse Sevens.
Em segundo lugar, as tarifas podem provar ser mais persistentes do que se assumiu, de acordo com a Sevens. "Outras empresas que não são diretamente afetadas pelas tarifas podem usar as tarifas como uma desculpa para aumentar os preços," acrescentou.
Na prática, um maior spread NOB sugere dois possíveis resultados. Um é uma economia "quente", marcada por um sólido crescimento e elevada inflação.
“Neste ambiente, o manual para a euforia do Trumponomics deverá ter um desempenho superior,” notou Sevens, citando pequenas empresas, setores cíclicos e índices de peso igual como prováveis beneficiários.
O outro cenário é menos favorável. Se o spread continuar a alargar-se, isso pode sinalizar "uma surpresa inflacionária positiva, que poderia resultar em expectativas de cortes de taxas drasticamente reduzidas." Isso, alertou o relatório, ameaçaria o rally das ações apoiado em apostas de afrouxamento da Fed.
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