Índice de ações europeu destaca-se com desempenho impressionante — Quatro fatores impulsionam a subida
Desde o início de 2024, o mercado de ações europeu tem apresentado um desempenho notável. O índice DAX da Alemanha subiu quase 10%, o CAC 40 da França aumentou 8,29%, e o STOXX 600, que cobre 90% das empresas listadas na Europa, também subiu mais de 7%. O STOXX 600 atingiu uma alta histórica no primeiro trimestre.
Índice
País
Último valor
Variação desde o início do ano
DAX
Alemanha
18492.49
9.89%
CAC 40
França
8205.81
8.29%
FTSE 100
Reino Unido
7952.63
2.84%
STOXX 600
Europa
512.68
6.88%
O surgimento desta tendência não é por acaso. No quarto trimestre do ano passado, fundos focados em ações europeias atraíram 45,7 bilhões de euros em fluxos de capital, com crescimento anualizado superior a 45%. Uma pesquisa de bancos americanos também revelou que, em fevereiro de 2024, investidores profissionais continuaram a comprar ações europeias de forma líquida.
Quatro principais razões explicam a entrada de capital: primeiro, as avaliações relativamente baratas das ações europeias — o índice P/L prospectivo é de apenas 14 vezes, bem abaixo das 19 vezes do S&P 500; segundo, a inflação na Europa continua a diminuir, preparando o terreno para cortes de juros pelo BCE; terceiro, as expectativas de redução de juros estimulam fluxos de capital; quarto, as perspectivas de recuperação dos lucros corporativos são otimistas.
Olhando para o histórico do índice de ações europeu a longo prazo
Ao analisar o índice STOXX 600 ao longo dos últimos 30 anos, é possível observar claramente como esse índice, que representa 600 empresas líderes, passou por altos e baixos.
Década de 1990: Prosperidade e Choques: Com crescimento econômico, desregulamentação e a criação da União Europeia, a Europa viveu uma era de ouro. Mas, em 1997, a crise financeira asiática e, em 1998, a crise financeira na Rússia causaram impactos significativos.
Era da bolha da internet: No início dos anos 2000, a bolha das Dot-Com nos EUA afetou globalmente os mercados, incluindo a Europa, com muitas empresas de tecnologia tendo avaliações infladas. A correção de 2000 a 2001 foi inevitável.
Recuperação após os ataques terroristas: Após o 11 de setembro de 2001, os mercados globais sofreram, mas a Europa entrou numa fase de recuperação prolongada. O aumento do comércio internacional, a entrada de economias emergentes na OMC e políticas de juros baixos pelos bancos centrais impulsionaram o desempenho dos mercados europeus.
Crise financeira e crise da dívida soberana: Em 2008, a crise financeira global devastou as ações europeias, com a falência do Lehman Brothers e o aperto de crédito. A recessão severa foi agravada por dívidas públicas elevadas na Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e Itália, aprofundando a crise da dívida soberana e aumentando as preocupações com a zona do euro.
Política de afrouxamento quantitativo e período de estabilidade: As medidas de afrouxamento quantitativo do BCE estabilizaram o mercado, levando a uma fase de recuperação que durou vários anos.
Impacto da pandemia e rápida recuperação: Em 2020, a COVID-19 causou uma queda rápida nas ações europeias, mas o BCE e os governos agiram rapidamente, ampliando compras de ativos e apoiando financeiramente, o que levou a uma rápida recuperação.
Quem são os vencedores de 2024? Análise de três setores e ações representativas
Ao analisar o desempenho dos setores em 2023, tecnologia da informação, consumo discricionário e industrial foram os melhores, merecendo atenção especial.
Indústria: Problemas da Boeing impulsionam líder do setor
O setor industrial europeu inclui aviação, manufatura, construção, entre outros, com empresas como Siemens, ABB, Volkswagen. A Airbus se beneficiou de falhas frequentes nos modelos da Boeing, com suas ações subindo rapidamente.
No entanto, investidores devem estar atentos: o P/L da Airbus atingiu quase o nível mais alto dos últimos cinco anos, em 35,60 vezes, exigindo crescimento real nos negócios para sustentar essa avaliação. Tecnicamente, o suporte está em torno de 136 euros. Caso haja correção, um volume de negociação equilibrado (com maior volume em altas e menor em quedas) será favorável para o curto prazo. O RSI já ultrapassou 70, indicando aumento na pressão de correção. Os investidores devem monitorar de perto.
Tecnologia da informação: Risco de correção após avaliações elevadas
O setor de TI europeu cresceu 19% em 2023, com empresas como SAP, ASML e Capgemini liderando a inovação global. A SAP, por exemplo, quebrou a tendência de alta de longo prazo, sinalizando potencial de fortalecimento na tendência de alta. O suporte está em torno de 121 euros.
Porém, há preocupações fundamentais: o P/L da SAP é de 56,39, tendo ultrapassado esse nível apenas uma vez nos últimos 10 anos, indicando risco de correção. Além disso, o RSI apresenta divergência negativa com o preço, sugerindo risco de ajuste de curto prazo.
Consumo discricionário: Desempenho contracíclico apesar da desaceleração na China
Marcas de luxo como LVMH, Ferrari e L’Oréal sustentam esse setor. Pandora, por exemplo, apesar do desempenho fraco na China, cresceu 6% na receita global em 2023, com crescimento orgânico de 8%, superando as expectativas do mercado. As ações também subiram mais de 90%.
Tecnicamente, Pandora está em tendência de alta, testando resistência em 1160 coroas. Uma quebra dessa resistência seria um sinal positivo. Contudo, o ritmo forte de alta pode gerar pressão de correção de curto prazo, sendo prudente esperar por melhores momentos de entrada.
Três caminhos para investir em ações europeias
Para investidores de Taiwan, há várias opções para investir em índices de ações europeus:
Compra direta de ações europeias: Através de plataformas de corretoras que suportam negociações na Europa, com possibilidade de ordens de mercado, limite, stop-loss, etc., garantindo propriedade completa e direito de voto. Desvantagens incluem taxas mais altas e limites de alavancagem.
Participação indireta via ETFs: Ideal para quem deseja investir em índices com custos baixos. ETFs europeus de grande porte incluem Vanguard FTSE Europe (VGK, taxa de 0,09%), iShares MSCI EMU (EZU, 0,49%) e iShares Core MSCI Europe (IEUR, 0,09%), com taxas relativamente baixas.
Negociação de CFDs: Permite amplificar ganhos com margem, suportando posições longas e curtas, permitindo comprar na alta ou vender na baixa, com alta alavancagem e flexibilidade, mas com riscos proporcionais.
Como está a perspectiva para os índices de ações europeus em 2024? Mais oportunidades do que riscos
Fatores positivos: A pressão inflacionária na Europa está sob controle, com a inflação caindo para 2,6% em fevereiro, após três meses de queda. Grandes bancos de investimento preveem lucros acima do esperado, com a Citigroup estimando crescimento de EPS de 3% e Goldman Sachs prevendo 7%. As avaliações mais baratas tornam os ativos europeus mais atraentes do que os dos EUA.
Fatores de risco: A retirada gradual de políticas de estímulo pode prejudicar setores como energia, logística e industrial. A previsão de crescimento do PIB na zona do euro foi revisada de 1% para 0,5%, indicando possível desaceleração macroeconômica. A continuação do conflito Rússia-Ucrânia aumenta os riscos geopolíticos.
De modo geral, devido ao risco relativamente controlado e previsível, a expectativa de cortes de juros pelo BCE e as avaliações atrativas continuarão a atrair fluxos de capital. Durante o restante de 2024, as oportunidades de negociação em ações europeias merecem atenção contínua.
Conclusão
O mercado de ações europeu é composto por diversos mercados nacionais, cada um com suas características, mas, como uma comunidade com alto grau de liberdade econômica, apresentam padrões semelhantes. Esses mercados também passaram por processos de fusões e aquisições ao longo de seu desenvolvimento. Analisando o índice de forma global, é possível compreender melhor as tendências e oportunidades de investimento na Europa.
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Análise do mercado de índices europeus em 2024: oportunidades de investimento e riscos coexistentes
Índice de ações europeu destaca-se com desempenho impressionante — Quatro fatores impulsionam a subida
Desde o início de 2024, o mercado de ações europeu tem apresentado um desempenho notável. O índice DAX da Alemanha subiu quase 10%, o CAC 40 da França aumentou 8,29%, e o STOXX 600, que cobre 90% das empresas listadas na Europa, também subiu mais de 7%. O STOXX 600 atingiu uma alta histórica no primeiro trimestre.
O surgimento desta tendência não é por acaso. No quarto trimestre do ano passado, fundos focados em ações europeias atraíram 45,7 bilhões de euros em fluxos de capital, com crescimento anualizado superior a 45%. Uma pesquisa de bancos americanos também revelou que, em fevereiro de 2024, investidores profissionais continuaram a comprar ações europeias de forma líquida.
Quatro principais razões explicam a entrada de capital: primeiro, as avaliações relativamente baratas das ações europeias — o índice P/L prospectivo é de apenas 14 vezes, bem abaixo das 19 vezes do S&P 500; segundo, a inflação na Europa continua a diminuir, preparando o terreno para cortes de juros pelo BCE; terceiro, as expectativas de redução de juros estimulam fluxos de capital; quarto, as perspectivas de recuperação dos lucros corporativos são otimistas.
Olhando para o histórico do índice de ações europeu a longo prazo
Ao analisar o índice STOXX 600 ao longo dos últimos 30 anos, é possível observar claramente como esse índice, que representa 600 empresas líderes, passou por altos e baixos.
Década de 1990: Prosperidade e Choques: Com crescimento econômico, desregulamentação e a criação da União Europeia, a Europa viveu uma era de ouro. Mas, em 1997, a crise financeira asiática e, em 1998, a crise financeira na Rússia causaram impactos significativos.
Era da bolha da internet: No início dos anos 2000, a bolha das Dot-Com nos EUA afetou globalmente os mercados, incluindo a Europa, com muitas empresas de tecnologia tendo avaliações infladas. A correção de 2000 a 2001 foi inevitável.
Recuperação após os ataques terroristas: Após o 11 de setembro de 2001, os mercados globais sofreram, mas a Europa entrou numa fase de recuperação prolongada. O aumento do comércio internacional, a entrada de economias emergentes na OMC e políticas de juros baixos pelos bancos centrais impulsionaram o desempenho dos mercados europeus.
Crise financeira e crise da dívida soberana: Em 2008, a crise financeira global devastou as ações europeias, com a falência do Lehman Brothers e o aperto de crédito. A recessão severa foi agravada por dívidas públicas elevadas na Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e Itália, aprofundando a crise da dívida soberana e aumentando as preocupações com a zona do euro.
Política de afrouxamento quantitativo e período de estabilidade: As medidas de afrouxamento quantitativo do BCE estabilizaram o mercado, levando a uma fase de recuperação que durou vários anos.
Impacto da pandemia e rápida recuperação: Em 2020, a COVID-19 causou uma queda rápida nas ações europeias, mas o BCE e os governos agiram rapidamente, ampliando compras de ativos e apoiando financeiramente, o que levou a uma rápida recuperação.
Quem são os vencedores de 2024? Análise de três setores e ações representativas
Ao analisar o desempenho dos setores em 2023, tecnologia da informação, consumo discricionário e industrial foram os melhores, merecendo atenção especial.
Indústria: Problemas da Boeing impulsionam líder do setor
O setor industrial europeu inclui aviação, manufatura, construção, entre outros, com empresas como Siemens, ABB, Volkswagen. A Airbus se beneficiou de falhas frequentes nos modelos da Boeing, com suas ações subindo rapidamente.
No entanto, investidores devem estar atentos: o P/L da Airbus atingiu quase o nível mais alto dos últimos cinco anos, em 35,60 vezes, exigindo crescimento real nos negócios para sustentar essa avaliação. Tecnicamente, o suporte está em torno de 136 euros. Caso haja correção, um volume de negociação equilibrado (com maior volume em altas e menor em quedas) será favorável para o curto prazo. O RSI já ultrapassou 70, indicando aumento na pressão de correção. Os investidores devem monitorar de perto.
Tecnologia da informação: Risco de correção após avaliações elevadas
O setor de TI europeu cresceu 19% em 2023, com empresas como SAP, ASML e Capgemini liderando a inovação global. A SAP, por exemplo, quebrou a tendência de alta de longo prazo, sinalizando potencial de fortalecimento na tendência de alta. O suporte está em torno de 121 euros.
Porém, há preocupações fundamentais: o P/L da SAP é de 56,39, tendo ultrapassado esse nível apenas uma vez nos últimos 10 anos, indicando risco de correção. Além disso, o RSI apresenta divergência negativa com o preço, sugerindo risco de ajuste de curto prazo.
Consumo discricionário: Desempenho contracíclico apesar da desaceleração na China
Marcas de luxo como LVMH, Ferrari e L’Oréal sustentam esse setor. Pandora, por exemplo, apesar do desempenho fraco na China, cresceu 6% na receita global em 2023, com crescimento orgânico de 8%, superando as expectativas do mercado. As ações também subiram mais de 90%.
Tecnicamente, Pandora está em tendência de alta, testando resistência em 1160 coroas. Uma quebra dessa resistência seria um sinal positivo. Contudo, o ritmo forte de alta pode gerar pressão de correção de curto prazo, sendo prudente esperar por melhores momentos de entrada.
Três caminhos para investir em ações europeias
Para investidores de Taiwan, há várias opções para investir em índices de ações europeus:
Compra direta de ações europeias: Através de plataformas de corretoras que suportam negociações na Europa, com possibilidade de ordens de mercado, limite, stop-loss, etc., garantindo propriedade completa e direito de voto. Desvantagens incluem taxas mais altas e limites de alavancagem.
Participação indireta via ETFs: Ideal para quem deseja investir em índices com custos baixos. ETFs europeus de grande porte incluem Vanguard FTSE Europe (VGK, taxa de 0,09%), iShares MSCI EMU (EZU, 0,49%) e iShares Core MSCI Europe (IEUR, 0,09%), com taxas relativamente baixas.
Negociação de CFDs: Permite amplificar ganhos com margem, suportando posições longas e curtas, permitindo comprar na alta ou vender na baixa, com alta alavancagem e flexibilidade, mas com riscos proporcionais.
Como está a perspectiva para os índices de ações europeus em 2024? Mais oportunidades do que riscos
Fatores positivos: A pressão inflacionária na Europa está sob controle, com a inflação caindo para 2,6% em fevereiro, após três meses de queda. Grandes bancos de investimento preveem lucros acima do esperado, com a Citigroup estimando crescimento de EPS de 3% e Goldman Sachs prevendo 7%. As avaliações mais baratas tornam os ativos europeus mais atraentes do que os dos EUA.
Fatores de risco: A retirada gradual de políticas de estímulo pode prejudicar setores como energia, logística e industrial. A previsão de crescimento do PIB na zona do euro foi revisada de 1% para 0,5%, indicando possível desaceleração macroeconômica. A continuação do conflito Rússia-Ucrânia aumenta os riscos geopolíticos.
De modo geral, devido ao risco relativamente controlado e previsível, a expectativa de cortes de juros pelo BCE e as avaliações atrativas continuarão a atrair fluxos de capital. Durante o restante de 2024, as oportunidades de negociação em ações europeias merecem atenção contínua.
Conclusão
O mercado de ações europeu é composto por diversos mercados nacionais, cada um com suas características, mas, como uma comunidade com alto grau de liberdade econômica, apresentam padrões semelhantes. Esses mercados também passaram por processos de fusões e aquisições ao longo de seu desenvolvimento. Analisando o índice de forma global, é possível compreender melhor as tendências e oportunidades de investimento na Europa.