Por que o mercado sobe e desce de acordo com os dados macroeconômicos? Em suma, é uma questão de dinheiro — é barato? É suficiente?

Começando pelo banco central: se o Federal Reserve vai aumentar ou não as taxas de juros, se vai ou não liberar ( QE ou QT ), decide diretamente se o dinheiro é caro ou não. Também é preciso ficar de olho nos dados de inflação; se o CPI e o PCE dispararem, o banco central terá que apertar, e o PPI que se transmite para o consumidor é outra camada de pressão.

Olhemos para os fundamentos econômicos: emprego não agrícola (NFP), crescimento do PIB, índice PMI da indústria manufatureira, dados de varejo, estes indicam se a economia está quente ou fria. Se estiver muito quente, é necessário esfriar; se estiver muito fria, é hora de aquecer.

A liquidez e o sentimento são mais sutis: um índice do dólar forte (DXY) geralmente reprime ativos de risco, a inversão das taxas de juros dos títulos do governo a 2 anos e a 10 anos pode sugerir uma recessão, o aumento do índice de pânico VIX significa que o modo de aversão ao risco foi ativado, e a ampliação do spread de crédito indica que o mercado está preocupado com o risco de default.

O mundo das criptomoedas também tem seu próprio termômetro: há entradas ou saídas líquidas diárias de ETFs de spot? A oferta de stablecoins está em expansão ou encolhendo? A regulação está se afrouxando ou se apertando? Isso impacta diretamente os fundos na blockchain.

Regra simples e direta: inflação baixa, expectativas de corte de taxas aumentam, dólar fraco, rendimentos em queda, ETFs atraindo capital, emissão de stablecoins em alta, regulamentos amigáveis - os touros dominam. Inversamente, os urso prevalecem.

Na prática, não se esqueça de três pontos: os primeiros 15 minutos após a publicação de dados geralmente definem a direção, preste atenção ao desvio entre os dados reais e as expectativas do mercado; a longo prazo, ainda é preciso seguir o fluxo de capital e os ciclos; por fim, uma alocação racional é sempre mais confiável do que seguir as tendências.