
As carteiras de criptomoedas são indispensáveis para quem deseja acessar o universo dos ativos digitais. Elas possibilitam enviar, receber e armazenar criptomoedas com segurança. Entender os diferentes tipos de carteiras disponíveis e saber como configurá-las é essencial para tomar decisões bem fundamentadas sobre a administração dos seus ativos digitais. Neste guia completo, você confere as principais modalidades de carteiras, suas características e um passo a passo detalhado para criar sua carteira e escolher a alternativa mais adequada ao seu perfil.
As carteiras custodiantes — também chamadas de carteiras hospedadas — são soluções de armazenamento de criptomoedas oferecidas e gerenciadas por terceiros, geralmente exchanges de criptomoedas. Nessa configuração, o serviço mantém o controle das chaves privadas do usuário. Embora isso limite o controle autônomo sobre os ativos, traz grande praticidade e facilidade de uso.
O principal benefício das carteiras custodiantes é sua usabilidade intuitiva. O usuário não precisa lidar com detalhes técnicos como gerenciamento de chaves privadas ou frases mnemônicas. Caso esqueça a senha, basta recorrer aos procedimentos padrão de recuperação de conta do provedor. Por isso, esse tipo de carteira é ideal para quem está começando no universo cripto e busca saber como iniciar uma carteira de criptomoedas sem complicações técnicas.
Para criar uma carteira custodiante, escolha uma exchange de boa reputação, alinhada às normas brasileiras e com histórico robusto de segurança. Cadastre-se informando seu e-mail e configure uma senha forte e exclusiva. Normalmente, será necessário fazer a verificação de identidade (KYC – Know Your Customer) para atender às exigências regulatórias. Com a conta aprovada, vincule métodos de pagamento como conta bancária ou cartão de crédito para depositar reais ou transferir criptomoedas já em sua posse. Após essas etapas, você já pode negociar e investir em ativos digitais.
As carteiras não custodiantes — também chamadas de autocustódia — trazem uma abordagem totalmente diferente. Aqui, o usuário detém o controle total das chaves privadas e dos fundos, seguindo a essência da descentralização das criptomoedas. MetaMask e Trust Wallet são referências consolidadas nesse segmento.
Nesse modelo, toda a responsabilidade pela segurança dos ativos recai sobre o usuário. É fundamental memorizar a senha e guardar a frase mnemônica em local seguro, já que esses são os únicos meios de recuperar o acesso. Se houver perda das credenciais ou ataque hacker, não há suporte para redefinir senha ou resgatar ativos. Essa autonomia traz liberdade máxima, mas exige atenção redobrada.
Para abrir uma carteira não custodiante, baixe um aplicativo confiável. No celular, sempre utilize lojas oficiais como App Store ou Google Play; no computador, faça o download das extensões diretamente dos sites dos desenvolvedores. Após instalar, abra o app e selecione a opção para criar uma nova carteira. Crie uma senha forte para proteger o acesso. O app irá gerar uma frase mnemônica de 12 ou 24 palavras — anote e guarde em local seguro, pois ela é seu único recurso de recuperação. Para adicionar fundos, transfira criptomoedas de exchanges ou utilize serviços de conversão integrados quando disponíveis.
Com a carteira criada, você pode se conectar a plataformas DeFi (Finanças Descentralizadas) e exchanges descentralizadas. Atenção: conecte-se apenas a DApps e sites verificados, pois fraudes podem resultar na perda total dos valores. Para interações experimentais ou de risco, utilize uma “carteira temporária” com valor reduzido, minimizando potenciais prejuízos.
Algumas carteiras Web3 modernas inovam ao unir a segurança da autocustódia com a praticidade das soluções custodiantes. Elas eliminam o problema de manter chaves privadas em único local, oferecendo controle ao usuário sem a complexidade de medidas de segurança tradicionais.
O diferencial dessas carteiras é o uso da tecnologia Multi-Party Computation (MPC). Em vez de uma frase mnemônica única, são criadas três chaves separadas, distribuídas em diferentes locais. Isso eleva o nível de proteção e elimina a necessidade de lidar com frases mnemônicas, além de oferecer suporte ao cliente — um diferencial em relação às carteiras não custodiantes tradicionais.
Para criar uma carteira MPC, escolha uma plataforma reconhecida que ofereça esse serviço e faça o cadastro pelo app móvel. No menu de carteiras, clique em “Criar Carteira” e siga as instruções. Com a tecnologia MPC, você não precisa anotar frases mnemônicas: basta criar e armazenar sua senha de recuperação com segurança, pois ela garante o acesso às chaves. Após o backup e definição da senha, ative sua carteira. Sua carteira Web3 estará pronta para negociar, fazer staking ou interagir com aplicações descentralizadas. O suporte ao cliente torna essa alternativa ideal para quem valoriza atendimento especializado.
A carteira física é o padrão máximo de segurança em criptoativos. Esses dispositivos armazenam as chaves privadas totalmente offline, protegendo contra malwares, phishing e ataques de hackers. Ledger e Trezor são marcas líderes nesse mercado.
Apesar da segurança superior, carteiras físicas têm custo elevado em relação às carteiras de software gratuitas e podem ser mais complexas para quem está começando. São recomendadas para usuários experientes que pretendem manter grandes valores por longos períodos — estratégia conhecida como “HODLing”.
Para configurar, compre o dispositivo apenas em lojas oficiais ou de revendedores autorizados, evitando falsificações. Faça o download do software correspondente (Ledger Live ou Trezor Suite) no computador ou celular. Conecte o dispositivo via USB, defina um PIN seguro e anote a frase de recuperação em local resistente a fogo e água, pois ela é a única garantia de acesso em caso de perda ou dano do aparelho. Feito isso, transfira suas criptomoedas com a tranquilidade de saber que suas chaves nunca saem do ambiente seguro do dispositivo físico.
Escolher e configurar a carteira ideal é etapa crucial na sua jornada com criptoativos. Compreender como abrir uma carteira depende do seu perfil e necessidades. Cada tipo traz vantagens específicas: carteiras custodiantes são práticas para iniciantes; carteiras não custodiantes oferecem controle máximo; soluções Web3 com MPC unem os dois mundos; e carteiras físicas garantem segurança para grandes investidores.
Com poucos passos, você estabelece uma base segura para armazenar, enviar e receber criptomoedas. O segredo para o sucesso e segurança no universo cripto está em proteger suas chaves privadas, entender o modelo de segurança da carteira escolhida e manter-se atento a ameaças. Ao selecionar o tipo de carteira que mais se adapta ao seu nível técnico, exigências de segurança e perfil de uso, você pode explorar o mercado com confiança, mantendo seus ativos protegidos. Seja para quem está começando ou para quem busca aprimorar a segurança, as opções deste guia atendem a todos os perfis de usuários.
A maioria das carteiras de criptomoedas é gratuita para uso padrão. Apps para celular e desktop não cobram taxas de abertura. Já soluções corporativas customizadas podem custar entre US$ 25.000 e US$ 200.000, dependendo das funcionalidades e exigências de segurança.
Escolha um provedor confiável, baixe o aplicativo ou software, crie uma senha forte e guarde sua frase de recuperação com segurança. Siga o assistente de configuração e realize a verificação de identidade, se necessário.
US$ 100 são suficientes para iniciar. Priorize taxas baixas, utilize a estratégia de aportes recorrentes (dollar-cost averaging), aprenda conceitos de custódia e comece com valores reduzidos, evoluindo conforme adquire conhecimento.










